sábado, novembro 22, 2008

Berlusconi e MAriano Gago

Que tem Berlusconi, um homem de direita, a ver com Mariano Gago, um homem de esquerda ?

Coloque-se a palavra "Processo de Bolonha pelo meio e percebe-se melhor.

Desde 1995 que a European Round Table of Industrialists (ERT) uma “selecção europeia de empresários”, tem recomendado um modelo de ensino para a Europa com base na experiência dos gestores de grandes empresas. Em nome da empregabilidade e da competitividade, querem licenciados a empregar e não licenciados com formação.

A Assembleia da República aprovou o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) como passo desse processo que pretende generalizar esse modelo que corre na Europa. Ao RJIES seguem-se as disposições sobre a Avaliação e um novo Estatuto da Carreira Docente dos universitários.

A infantilização do ensino superior é crescente: dezenas ou centenas de horas perdidas pelos professores universitários a preencher matrizes, brochuras, e respostas à tutela. As licenciaturas sem o apoio de lobbies profissionais - como Filosofia,
História e Ciências Puras - são trucidadas pois não fornecem quadros para a “verdadeira escola” que é a empresa, e “perdem tempo” com uma educação que não interessa aos gestores.

Conseguirá a Universidade resistir a deixar-se tratar como uma organização empresarial ?

Berlusconi e MAriano Gago

Que tem Berlusconi, um homem de direita, a ver com Mariano Gago, um homem de esquerda ?

Coloque-se a palavra "Processo de Bolonha pelo meio e percebe-se melhor.

Desde 1995 que a European Round Table of Industrialists (ERT) uma “selecção europeia de empresários”, tem recomendado um modelo de ensino para a Europa com base na experiência dos gestores de grandes empresas. Em nome da empregabilidade e da competitividade, querem licenciados a empregar e não licenciados com formação.

A Assembleia da República aprovou o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) como passo desse processo que pretende generalizar esse modelo que corre na Europa. Ao RJIES seguem-se as disposições sobre a Avaliação e um novo Estatuto da Carreira Docente dos universitários.

A infantilização do ensino superior é crescente: dezenas ou centenas de horas perdidas pelos professores universitários a preencher matrizes, brochuras, e respostas à tutela. As licenciaturas sem o apoio de lobbies profissionais - como Filosofia,
História e Ciências Puras - são trucidadas pois não fornecem quadros para a “verdadeira escola” que é a empresa, e “perdem tempo” com uma educação que não interessa aos gestores.

Conseguirá a Universidade resistir a deixar-se tratar como uma organização empresarial ?