quarta-feira, maio 30, 2007

Otar ou não Otar

«(...)Parece agora que se prevê a duplicação dos terrenos destinados ao novo aeroporto da Ota. Isto é dito como se fosse a coisa mais normal do mundo, e claro, tem o aplauso dos autarcas dos concelhos limítrofes, para quem o aeroporto é como pão para a boca. Pouco a pouco, o chão de betão alarga-se num contínuo entre Lisboa e Santarém, criando uma megacidade que terá, como sabemos de certeza absoluta, a qualidade de vida de Sacavém, Brandoa, Rio de Mouro ou Camarate. (...) Querem campo? Talvez em Freixo de Espada à Cinta ou aqui no Atlas, em Marrocos.»

José Pacheco Pereira, Revista SÁBADO. 24/05/2007

Caucasianos!

DESCRIÇÃO DA PJ

Eis como a PJ, americanizada, descreveu o suspeito: ( o presumido raptor de Maddie McCain)

«Caucasiano, com 35/40 anos, físico mediano, 1,70 m de altura, cabelo curto na cabeça e comprido no pescoço, vestia blusão escuro, calças claras e sapatos escuros»
Caucasiano? Termo americano anglo-saxónico para designar "branco", tirado certamente dos manuais de polícia ingleses e como se sabe de uso corrente na língua portuguesa...~
Físico mediano. O que é um físico mediano? Um físico bom para os media?
1,70 m de altura? Altura média do português.
Cabelo curto na cabeça e comprido no pescoço. A PJ inova na anatomia. Esta frase dá a entender que o cabelo não só cresce na cabeça, onde neste caso é curto, como também cresce no pescoço, onde neste caso é comprido.
Enfim em vez desta descrição anatomica e racialmente controversa de burocrata sem sensibilidade para a língua portuguesa porque não dizer em linguagem quotidiana que toda a gente compreende imediatamente :

Branco, na casa dos trinta, nem gordo nem magro, altura média, cabelo à Rod Stewart, vestia blusão escuro (como três milhões de portugueses), calça clara, e sapatos escuros.
Caucasianos!

Miguel de Castro in http://privilegiosdesisifo.blogspot.com/
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O Dever do Rei




Numa conversa com uma amiga minha, republicana, esta disse-me: "Então mas que tem o Rei, que é, no fundo uma pessoa de carne e osso, como nós todos, que é no fundo igual a todos os homens, em termos fisícos. Como pode essa pessoa, igual a todos os outros seres humanos, poder ser mais do que os outros, do que nós todos?"

Na altura respondi que o Rei, mesmo que seja igual a todos os outros seres humanos, tem o Dever - não o direito - de representar, no Trono ou fora dele, uma Dinastia a que faz parte, uma Família Real a que lidera e de quem é Herdeiro.

O Rei é o Herdeiro da História de um Povo. No que toca a Portugal, SAR o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, é o nosso Rei, pela responsabilidade que tem em Representar a Herança Histórica da nossa Pátria, as suas Tradições e o que temos de melhor. É uma grande responsabilidade que só lhe cabe a ele e a mais ninguém. O seu Estatuto de Rei, de jure, de Portugal, não é um Direito, mas um Dever, que cumpre com toda a Humildade que lhe é caracteristica. Quem ler o livro "Dom Duarte e a Democracia" da Editora Bertrand, cujo autor é o Professor Doutor Mendo Castro Henriques, perceberá bem o que estou a dizer.

O Rei, sendo um Ser Humano, como todos nós, é o Primeiro entre Todos Nós. O Primus Inter Pares dos novos Tempos.

terça-feira, maio 29, 2007

Maçonaria, república e poder governativo, por D. Antóno Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro,

António Reis, Grão Mestre do auto designado Grande Oriente Lusitano
Vivemos em regime democrático. Há quem se diga democrata e a quem a democracia incomode. Assim se cai na tentação da promiscuidade, que envenena o ambiente e o espaço que é de todos. Se, no regime em que vivemos, se devem respeitar as opções, ninguém está impedido de falar livremente, sem medo, perante o que se vai vendo, conhecendo, e que pretende influenciar a comunidade de que todos fazemos parte.
A democracia não é um fim, nem pode servir de meio para que o poder, qualquer que ele seja, se aproveite dos postos de comando para empobrecer e dominar um povo livre.
A maçonaria viveu em Portugal, desde que chegou em princípios do século XVIII, horas difíceis. Foram perseguições de fora e divisões de dentro. Tempo seguido com contradições e projectos, uns conseguidos, outros frustrados. O apoio que então deu à “Carbonária”, motor organizado da queda da Monarquia, e a identificação conseguida, com a jovem República, inspirando ou fazendo seus os ditos “valores republicanos”, deram-lhe impulso para dominar. Isto permitiu-lhe conduzir o processo do início do novo sistema, minando os órgãos fundamentais da soberania, desde a Presidência da República ao Parlamento, destruindo o que não dominava e conquistando uma presença efectiva, bem marcada e visível, nos mais diversos lugares de influência do Estado. Teve, depois, de entrar de novo em meia clandestinidade. Este facto, porém, não a impediu de fazer acordos secretos com o poder, para que, dada a sua influência, o mesmo se pudesse manter, mesmo quando publicamente perseguia a Loja. E foi assim, como se sabe e se diz, até nos tempos de Salazar, que, olhando para o lado, cedeu na orientação de serviços públicos conhecidos e cobiçados, dada a influência destes no povo.
A aceitação oficial da Loja deu-se com o 25 de Abril, por razões óbvias, depressa explicadas por motivo de quem ia aparecendo na ribalta política dominante. O novo poder fez-lhe a entrega de bens antes expropriados e pagou-lhe indemnizações. Às claras, recomeçou-se, então, a falar da maçonaria e a dizer da campanha persistente que ela fazia nos corredores da Assembleia da República, junto de gente nova ansiosa por benesses no presente e sonhando com as boas promessas de futuro. Abriram-se portas, antes e sempre fechadas, publicaram-se nomes de alguns aderentes, não todos, com influência nos diversos quadrantes da sociedade portuguesa; manteve-se, porém, o sigilo dos ritos de iniciação e de outros ritos importantes. Aliviou-se algum secretismo, mas a Loja continuou a ser uma associação fechada, sem a abertura normal, propiciada por regime democrático. Esta situação deu direito a desconfiar do que se passa e programa.
O sol da primavera é propício para trazer à luz o que as tocas escondem em invernos prolongados. Porque o ambiente político se tornou propício e a ocasião convidativa, a maçonaria começou a apresentar os seus projectos para o país. A nós o dever e o direito de apreciar, dizer e alertar sobre o que se projecta, porque a todos nos diz respeito.
A maçonaria portuguesa aparece, de novo, com algum espírito de “carbonária”, eivada de um acirrado laicismo, tendo no horizonte os “valores republicanos”, lidos unilateralmente, e empenhando-se por introduzi-los como inspiradores das leis que devem reger o povo. Esquece-se que o poder democrático não se pode exercer à revelia dos valores que um povo concreto e sensato sempre teve, quer ter e defende, para salvaguarda da sua identidade, dignidade e futuro em liberdade. Impor é matar e destruir.
Há que fechar a Igreja na sacristia, ignorar os valores cristãos, fazer tábua rasa de uma cultura milenária, negar a história pátria e secar as suas raízes vitais, mudar o sentido das instituições que dão consistência à sociedade, fechar o homem, por via da educação nas escolas e meios de comunicação social, à dimensão do transcendente. Será este o programa “político” actualizado do Partido Socialista, agora publicamente de mãos dadas com a maçonaria? Se a perspectiva é de um laicismo redutor, o que restará da democracia? Um povo decapitado. E que será o Partido Socialista? Uma galeria vistosa, com muita gente alienada e encostada. E a maçonaria? A estratégia táctica de servir e de se servir de um poder sem ideologia.
Mas as prioridades num país que empobrece têm de ser outras, se quisermos sobreviver.
* Bispo Emérito de Aveiro
(Correio do Vouga, 24 de Maio de 2007)

sábado, maio 26, 2007

Democracia Real e Causas Comuns


Hoje quero reflectir sobre as Causas Comuns que a Democracia Real tem com a Republica.

E vou fazer esta reflexão, começando por enumerar, precisamente, algumas Causas:
- Ambiente;
- Educação;
- Emprego;
- Cidadania;
- Energia;
- História;
- Identidade;
- Dignidade dos Trabalhadores;
- Respeito pela Autoridade;
- Democracia;
- Cultura;
- etc...

Agora vejamos quais destas Causas se identificam mais com a Esquerda:
O Ambiente, o Emprego, a Dignidade dos Trabalhadores, a Cultura, Cidadania e a Democracia.
As Causas que se identificam mais com a Direita:
O Ambiente, a Educação, o Emprego, a História, a Identidade, o Respeito pela Autoridade, a Democracia, a Cultura.

Em ambos os hemisférios da partidocracia vemos Causas Comuns. Ora, o mesmo se passa quando falamos em Monarquia e Republica.

Jamais eu pus em causa, que tanto os Monárquicos como os Republicanos têm Causas Comuns e que portanto, podem e devem trabalhar em conjunto, em nome do Desenvolvimento de Portugal.

Hoje mais do que nunca, as questões ambientais estão na Ordem do dia, seja a nível nacional como Internacional e cabe a TODOS os seres humanos se preocuparem no futuro do Planeta Terra. A responsabilidade é de todos!
O Emprego - tão essencial para o crescimento da Economia Nacional, tem que ser fomentado, com as directivas correctas, de forma a garantir a estabilidade tão necessária à vida das pessoas.
A Cidadania - as pessoas têm que saber se comportar em Regime Democrático, respeitando as Regras do tempo em que vivemos - não fazendo de conta que nada é com elas, porque é.
A História, nomeadamente a de Portugal, hoje tão mal-tratada no Ensino, tem que ser uma fonte de orgulho para os Portugueses, de modo a que estes não se orgulhem só de serem Portugueses, quando a Selecção Nacional de futebol.
A Dignidade dos Trabalhadores - uma luta sem tréguas, pelo respeito pela dignidade da pessoa humana, dá pessoa que trabalha seja em que actividade fôr e que muitas vezes não é isto que acontece.
A Cultura, impulsionadora pelo orgulho de se ser Português e ao mesmo tempo ter um Carácter Universalista, olhando com admiração e respeito os outros povos e a diversidade.
A Educação - o respeito devido aos Professores, que têm a obrigação de ensinar as novas gerações com o conhecimento adquirido. Mas não é só por aí. A Educação também é pelo respeito devido aos mais velhos, incentivar os jovens ao que é efectivamente positivo e evitar mentalidades conflituosas, em nome de uma nova sociedade.
O Respeito pela Autoridade - NÃO CONFUNDIR COM AUTORITARISMO. Um Estado de Direito Democrático, como já disse, tem Regras bem definidas que fazem com que ele não caia na Anarquia. Ora as Regras são para todos os cidadãos as cumprirem e respeitarem.
A Energia - um bem tão essencial à Humanidade. Há a energia poluidora e há a que não é poluidora. As pessoas têm que se preocupar em utilizar cada vez mais energias renováveis, assim como terem contenção no uso da Energia (e quem fala da Energia, fala da água, também).
A Identidade - das pessoas jamais deve ser posta em causa, assim como a Identidade Nacional, que faz com que neste mundo, haja tanta diversidade cultural. A meu ver todos têm o seu espaço - não me falem em pôr em causa a Identidade Nacional Portuguesa em nome de Integrações Europeias não muito esclarecedoras, apesar de ser importante estarmos na União Europeia. Já lá vai o tempo em que Portugal estava isolado.

O titulo deste artigo "Democracia Real e Causas Comuns", faz portanto todo o sentido, seja para os Monárquicos seja para os Republicanos. Os Portugueses não se devem dividir e entrar em conflito. Devem, sim, se unirem e fazerem com que Portugal seja cada vez mais um país próspero e desenvolvido, à semelhança de outros parceiros Europeus.

David Garcia
Presidente do FDR.

terça-feira, maio 22, 2007

PETROLEIROS PRECISAM-SE EM PORTUGAL


NAVIOS-TANQUES e ARMADORES, PRECISA-SE EM PORTUGAL. URGENTE...
Imagem do navio-tanque português GALP LEIXÕES (12.630 GT / 18.732 DWT) da Sacor Marítima, atracado ao terminal de combustíveis de Porto Brandão, em Lisboa, a 16 de Maio de 2007.
Uma fotografia tirada para dedicar este post ao Luís Daniel Malheiro do Vale, do blog PILOT BOAT. E para provocar uma pequena reflexão acerca da ausência de política de desenvolvimento ou manutenção da Marinha de Comércio em Portugal.
NAVIOS-TANQUES e ARMADORES, PRECISA-SE EM PORTUGAL. URGENTE...
Construção nº 115 dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o GALP LEIXÕES é um navio-tanque destinado ao transporte de produtos brancos refinados e foi entregue ao armador em Março de 1983. Já navega há 24 anos, quase sempre na costa portuguesa a partir de Sines e já devia ter sido substituído por estar a atingir o limite de idade. O ano passado esteve imobilizado em Lisboa alguns meses para venda, acabando por regressar ao serviço por mais algum tempo.
Com a venda sucessiva dos navios da sua frota, a Sacor Marítima dispõe agora apenas deste petroleiro e do butaneiro GALP LISBOA, que data também de 1983, para além dos navios GALP RIO (472 GT/ 790 DWT, construído em 1970), adquirido em 1992 à Shell Portuguesa, para quem havia sido construído em Aveiro, e do GALP SADO (493 GT / 1.080 DWT, construído em 1972), comprado em 1998 à Portline.
NAVIOS-TANQUES e ARMADORES, PRECISA-SE EM PORTUGAL. URGENTE...
São todos navios velhos e insuficientes face à necessidade de transporte marítimo de combustíveis por parte da empresa mãe PETROGAL. Mais grave ainda, são os únicos navios-tanques portugueses, pois a SOPONATA e a sua excelente frota são coisas do passado.
Em termos estratégicos, como país tradicionalmente marítimo e caracterizado por descontinuidade territorial, Portugal não pode dar-se ao luxo de não ter navios-tanques que garantam uma parte substancial das necessidades de abastecimento. Como deve também ter meios que assegurem o transporte de ramas importadas para as refinarias de Sines e da Boa Nova.
NAVIOS-TANQUES e ARMADORES, PRECISA-SE EM PORTUGAL. URGENTE...
A não existência de navios-tanques custou muito caro a Portugal durante a segunda guerra mundial e foi corrigida depois com a compra de petroleiros pelo Estado (Instituto Português de Combustíveis) e com a constituição da SOPONATA, em Junho de 1947, há quase 60 anos. Esta empresa prestou serviços relevantes a Portugal durante mais de 50 anos e foi um motor de desenvolvimento da nossa indústria de construção naval. Acabou por ser vendida a interesses estrangeiros e integrada na GENMAR.
NAVIOS-TANQUES e ARMADORES, PRECISA-SE EM PORTUGAL. URGENTE...
Text and image copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Thanks for your visit and comments. You are most welcome at any time - Luís Miguel Correia

segunda-feira, maio 21, 2007

Carmona Rodrigues Apresenta Hoje o Livro «O Erro da Ota»

Hoje, às 18H30, no Palácio Galveias (Campo Pequeno), o Prof. Carmona Rodrigues apresentará o livro O ERRO DA OTA juntamente com os autores.

«O que está em jogo exige começar por “sentir o território”; tentar perceber a geografia da região metropolitana de Lisboa; quais as potencialidades dos grandes estuários e a ligação dos corredores do Tejo e Sado; as vulnerabilidades da expansão a Norte do Tejo; a abrangência e as ameaças ambientais ao aquífero da península de Setúbal; a rede de ligações mar e terra, os portos e o transporte ferroviário e rodoviário.»

Público: Chamas consomem veleiro britânico "Cutty Sark"


«O veleiro britânico "Cutty Sark", um dos mais famosos do mundo e que esteve em mãos portuguesas ao longo de 28 anos, foi hoje consumido pelas chamas na doca de Greenwich, em Londres, onde permanecia há mais de 50 anos.

Os bombeiros conseguiram controlar o incêndio a tempo de as chamas não chegarem às garrafas de gás que estavam no interior do veleiro.

"Há danos materiais substanciais, mas não há registo de vítimas", disse à Reuters o responsável pela corporação de bombeiros de Londres.

Richard Doughty, responsável pelo Cutty Sark Trust, acerdita que o incêndio foi iniciado deliberadamente. "Tudo o que posso dizer é que a investigação parte do princípio de que foi fogo posto. É inacreditável. Estamos a perder História", lamentou.

O navio, lançado ao mar em 1869 para fazer a rota do chá da China, tornou-se no último meio século numa mera atracção turística e estava a ser restaurado.

Em 1895, foi vendido à empresa portuguesa Joaquim Antunes Ferreira & Cª e passou a ostentar o nome "Ferreira". Durante 28 anos permaneceu em mãos portuguesas, até 1923, ano em que foi vendido ao capitão inglês Wilfred Dowman, já com o nome "Maria do Amparo".»

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1294577

domingo, maio 20, 2007

TERMINAL DE CRUZEIROS, por Luís Miguel Correia

Um artigo publicado no Diário de Notícias (23.04.07) contrário à iniciativa da APL de construir o novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa e diversas reacções ao assunto no blogue CIDADANIA LX motivaram a minha reflexão sobre o assunto apresentada abaixo:
O maior erro associado ao projecto do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa reside no atraso da iniciativa em cerca de 10 anos. Em termos históricos pode fazer-se uma analogia sobre o que apareceu primeiro - o ovo ou a galinha - o que adaptado à nossa Ulisseia se lê - a cidade ou o porto?Foram as condições naturais únicas do estuário do Tejo que ao longo dos séculos propiciaram a cidade portuária de Lisboa. A zona Terreiro do Paço - Santa Apolónia onde se vai inserir o novo terminal de navios de passageiros é um local de grande tradição marítima, cuja última intervenção ocorreu em 1998 quando da Expo.A Doca do Jardim do Tabaco e os cais adjacentes está praticamente abandonada e em profunda degradação. Apesar do livre acesso actual, a população não enche o local, assim como os Lisboetas não enchem o Tejo de velas e outras manifestações náuticas, pela razão simples de que hoje as pessoas parecem ignorar o Mar, os Navios e a água. A presença de navios atracados aos cais de Lisboa empresta à cidade uma dimensão cromática e de formas que realça as linhas naturais da cidade e a sua vocação natural para as coisas marítimas. O terminal de cruzeiros é necessário com a maior urgência. Pode-se discutir a opção estética das soluções arquitectónicas, mas não se deve pôr em causa as funcionalidades portuárias. Porque o PORTO é uma peça fundamental da CIDADE em Lisboa. Pena é que muitas áreas de negócio marítimo tradicionais de Lisboa se tenham evaporado nas últimas décadas.Os cruzeiros são hoje um dos segmentos da indústria turística internacional com maior taxa de crescimento. Lisboa já perdeu há muito uma possível liderança na Europa Ocidental como porto de embarque e desembarque de cruzeiros a favor de Barcelona. As infraestruturas existentes são insuficientes perante a procura e o novo terminal só peca por atraso.O local de inserção do novo terminal é excelente. Vai trazer mais valias à zona e proporcionar uma vista privilegiada de Lisboa para quem por umas horas nos visita a bordo de um navio. Muito melhor que na zona Alcântara - Rocha, com um enclave de contentores pelo meio.Em Portugal parece que as pessoas teimam em cultivar uma resistência retrógada à mudança.
Foi assim quando Pombal aproveitou o terramoto para arrasar a baixa e reconstruir tudo de raiz. Andou-se 100 anos a discutir as generalidades da construção de um Porto em Lisboa, iniciativa que só teve concretização no final do século XIX. Tudo isso é atraso. Atraso ao nível de mentalidades, divórcio face às dinâmicas do presente. O Portugal dos pequeninos acarinhado pela inquisição, por Salazar...Por mim manifesto uma enorme satisfação pela iniciativa da APL. Quanto mais navios em Lisboa melhor. Pena que nenhum seja português...

quarta-feira, maio 16, 2007

A Recriação da Natureza: Entrevista com Ribeiro Telles



Convido a todos os nossos leitores a ler a entrevista dada pelo Arq. Ribeiro Telles ao Portal do Jardim:

«À margem do Congresso "Jardins do Mundo" que se realizou no Funchal nos passados dias 9-12 de Maio de 2007, o Portal do Jardim foi conversar com o Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles. Uma personalidade incontornável do mundo do Jardim, dedicou toda uma vida à defesa dos valores da Terra e do Ambiente. Recebeu, no âmbito também deste congresso, uma merecida homenagem que partilhou com o filósofo Eduardo Lourenço.»

Ler texto completo.

segunda-feira, maio 14, 2007

O ERRO DA OTA e o futuro de Portugal


A resolução governamental de localizar na Ota um Novo Aeroporto de Lisboa desencadeou “o processo democrático menos transparente em Portugal no pós-25 de Abril”. A decisão de avançar com a Ota, tomada em 6 de Julho de 2005, e a sua apresentação pública, despertou o que nunca antes se vira em 30 anos de Democracia: uma discussão generalizada e transversal sobre a relação entre os custos e os benefícios dessa infra-estrutura e as suas implicações para o futuro do país. Estes debates trouxeram uma nova atenção ao território nacional e um interesse pelo seu ordenamento e defesa.
O panorama traçado pelos autores revela, em primeiro lugar, que só uma visão global do ordenamento do país nos livra do “erro da Ota”. Não está apenas em jogo decidir se o novo aeroporto de Lisboa deve ser grande e substituir o da Portela; se deve ser mais pequeno e servir os voos de Baixo Custo e combinar-se com o actual, na solução Portela +1; ou se deve haver um novo aeroporto na grande banda de território plano entre Tejo e Sado que vai desde o Campo de Tiro de Alcochete até à Marateca.
Uma vez “lido o território” resulta evidente o “erro da Ota”. A começar pela obra de engenharia. O “Ota acima de tudo” acarreta uma deficiente política nacional de transportes ferroviários. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária: a Ota contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de “bom senso”..
Este livro avança para propostas alternativas, que não podem ser definitivas mas que nem por isso são menos convincentes, pois os autores respeitam os princípios básicos de prospectiva, que introduz cenários alternativos ao planear o futuro, a fim de prever a mudança de situações e permitir respostas mais robustas. Os autores deste livro “sentem o território nacional”, têm uma visão convergente do sistema integrado de transportes, estão preocupados com a relação de custos--benefícios e consideram que o mais importante é assegurar um futuro sustentável para as populações. Por isso não receiam enunciar algumas verdades paradoxais, daquelas que os “planificadores das matrizes” não querem saber.

O livro será lançado no Palácio da Bolsa, no Porto, na próxima 4.ª feira, dia 16 de Maio 2007, às 15h

O livro foi escrito pelos Prof. Eng. António Brotas, Prof. António Barreto, Escultor Cerveira Pinto, Prof. Eng. António Diogo Pinto, Prof. Doutor Galopim de Carvalho, Arq. Carlos Sant’ana, Eng. Frederico Brotas de Carvalho, Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, Dr. José Carlos Morais, Major General Pil. Av. José Krus Abecasis, General José Loureiro dos Santos, Judite França, Arq. Luís Gonçalves, Dr. Miguel Frasquilho, Patrícia Pires, Prof. Paulino Pereira, Dr. Pedro Quartin Graça, Eng Reis Borges, Dr. Rui Moreira, Rui Rodrigues, Eng. Teresa Maria Gamito e Dr. Vítor Bento. São provenientes de diversos quadrantes político-partidários. Alguns tiveram responsabilidades governativas. Todos falam claro, com base na autoridade dos seus conhecimentos técnico-profissionais. Em conjunto representam os diversos sectores da sociedade civil.

domingo, maio 13, 2007

Ribeiro Telles e Eduardo Lourenço Homenageados na Madeira


No âmbito do Congresso Internacional “Jardins do Mundo” que teve lugar no Funchal, nos passados dias 9-12 de Maio, foram homenageados pela organização do evento, pela Câmara Municipal do Funchal e pelo Governo Regional, o filósofo Eduardo Lourenço e o Arq. Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, num ambiente de reconhecimento geral pelo mérito de pessoal de ambos e pela sua trajectória de vida.

O discurso de homenagem a Eduardo Lourenço ficou a cabo de Miguel Real (Jornal de Letras), o de Ribeiro Telles foi feito por Mendo Castro Henriques, professor na Universidade Católica.
Em ambas as intervenções foi feito um retrato destes vultos do panorama intelectual e político Português que em tão larga medida contribuiram para a vida nacional, tal como a conhecemos.

Foi traçado o trajecto filosófico de Eduardo Lourenço, realçando-se a sua constatação de que o Português, no que diz respeito à sua História, é um ser imensamente idealista, tendo sido o filósofo retratado por Miguel Real como «o pensador da imperfeição portuguesa (...) o menino, o pensador que teve a coragem de dizer “O Rei vai Nu”.» - terminando o discurso com a frase «meus senhores, o Rei somos nós.».

Ribeiro Telles foi principalmente lembrado pelas suas grandes contribuições para a legislação ambiental. Mendo Castro Henriques salientou que «se temos uma Reserva Ecológica Nacional (REN), devêmo-la a Gonçalo Ribeiro Telles» e o mesmo se passa com a Reserva Agrícola Nacional entre vários outros projectos legislativos. O seu percurso político, como defensor de uma Monarquia democrática, dos valores da terra e do ordenamento do território, da protecção da natureza, entre muitas outras causas que abraçou foram também retratados detalhadamente no discurso em sua homenagem.

Ambos os homenageados agradeceram este gesto de homenagem, tendo ambos afirmado que não saberiam ter vivido a sua vida de outra forma, que tinham feito aquilo que lhes pareceu certo na altura própria.

Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal, finalizou a noite com um breve discurso, onde salientou a importância dos elementos tradicionais e fundamentais da cultura de um povo, que são, a seu ver, imprescindíveis e devem ser preservados.

Portal do Jardim (14/05/07)

quinta-feira, maio 10, 2007

Livro: O ERRO DA OTA


A Editora Tribuna tem já no prelo, o livro «O
Erro da Ota e o Futuro de Portugal: a Posição da Sociedade Civil».

O panorama traçado pelos autores revela que não está apenas em jogo decidir se o novo aeroporto de Lisboa deve ser grande e substituir o da Portela; se deve ser mais pequeno e servir os voos de Baixo Custo e combinar-se com o actual, na solução Portela +1; ou se deve haver um novo aeroporto na grande banda de território plano entre Tejo e Sado que vai desde o Campo de Tiro de Alcochete até à Marateca. O que está em jogo exige começar por “sentir o território”; tentar perceber a geografia da região metropolitana de Lisboa; quais as potencialidades dos grandes estuários e a ligação dos corredores do Tejo e Sado; as vulnerabilidades da expansão a Norte do Tejo; a abrangência e as ameaças ambientais ao aquífero da península de Setúbal; a rede de ligações mar e terra, os portos e o transporte ferroviário e rodoviário.

Em segundo lugar, os autores deste livro rejeitam a Ota. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária:
rejeitam o erro da Ota que contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de “bom senso”.

Em terceiro lugar, aceitam que a Portela tem de ser complementada por um novo Aeroporto que deverá surgir de uma perspectiva de implementação faseada. O novo Aeroporto Internacional terá de reservar espaço de desenvolvimento para todo o século XXI. Para isso, o território em que se implanta deve ser bem compreendido, e as ligações com portos e ferrovias bem estabelecidas porque, em futuro próximo, as contingências ambientais limitarão a correcção de trajectória.

O ERRO DA OTA


Luís Gonçalves, co-autor do Livro "O Erro Da Ota E O Futuro De Portugal", a obra mais essencial a sair brevemente sobre a mais que controversa decisão do Governo; levanta 21 questões pertinentes e incómodas que o Governo certamente preferiria varrer para debaixo do tapete.
Basta ler minuciosamente as perguntas, para se perceber as razões do silêncio governamental e tendo tido acesso às questões que o Governo teima em ignorar, fizemos questão de publicar para público conhecimento e esclarecimento dos Portugueses:

· 1 – Porque é que o estudo elaborado pela ANA em 1994 (que identifica a Base Aérea do Montijo como a melhor localização para o novo aeroporto e que classifica a Ota como a pior e mais cara opção) não se encontra disponível no site da NAER?
· 2 - Porque é que o estudo elaborado pela Aeroports de Paris em 1999 (que recomenda a localização do NAL no Rio Frio e que classifica a Ota como pior opção) não justifica o facto de não ter sido sequer considerada a opção recomendada no estudo anterior?
· 3 - Porque é que todos os estudos e documentos disponibilizados, elaborados entre 1999 e 2005, incluindo o "Plano Director de Desenvolvimento do Aeroporto", tiveram como premissa a localização na Ota, considerada nessa altura como a pior e mais cara opção?
· 4 - Porque é que o documento apresentado como suporte da decisão de localização na Ota é apenas um "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental", no qual questões determinantes para a localização de um aeroporto (operações aéreas, acessibilidades, impacto na economia) foram tratadas de um modo superficial, ou não foram sequer afloradas?
· 5 - Porque é que na ficha técnica do atrás referido "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental" não constam especialistas na áreas da aeronáutica e dos transportes?
· 6 - Porque é que o "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental" para o aeroporto na Ota usou os dados dos Censos de 1991 para calcular o impacto do ruído das aeronaves sobre a população, quando existiam dados de 2001 e uma das freguesias mais afectadas (Carregado) mais do que duplicou a sua população desde 1991?
· 7 - Em que documento é que são comparados objectivamente (com outras hipóteses de localização) os impactos económicos e ambientais associados à opção da Ota (desafectação de 517 hectares de Reserva Ecológica Nacional; abate de cerca de 5000 sobreiros; movimentação de 50 milhões de m3 de terra; "encanamento" de uma bacia de 1000 hectares a montante do aeroporto; impermeabilização de uma enorme zona húmida; necessidade de expropriar 1270 hectares)?
· 8 - Em que documento é que se encontra identificada a coincidência do enfiamento de uma das pistas da Ota com o parque de Aveiras da Companhia Logística de Combustíveis (a apenas 8 Km) e avaliadas as consequência de um possível desastre económico e ecológico decorrentes de desastre com uma aeronave?
· 9 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto da deslocalização do aeroporto no turismo e na economia da cidade e da Área Metropolitana de Lisboa?
· 10 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto urbanístico decorrente da deslocalização do aeroporto para um local a 45 km do centro da capital?
· 11 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto da deslocalização dos empregos e serviços decorrente da mudança do aeroporto para a Ota?
· 12 - Em que documento é que se encontra equacionado o cenário da necessidade de construir um outro aeroporto daqui a 40 anos, quando o Aeroporto da Ota se encontra saturado?
· 13 - Que medidas estão previstas para existir uma tributação especial das enormes mais-valias que terão os proprietários dos terrenos envolventes à zona do aeroporto (e não afectados pelas expropriações) que até ao momento estão classificados como Reserva Ecológica Nacional ou Reserva Agrícola Nacional e passarão a ser terrenos urbanizáveis?
· 14 - Em que documento se encontra a explicação para ter sido considerada preferível uma localização para o novo aeroporto que "roubará" mercado ao Aeroporto Sá Carneiro em detrimento de captar o mercado de Extremadura espanhola?
· 15 - Porque é que a localização na Base Aérea do Montijo não foi sequer considerada, quando apresenta inúmeras vantagens (14 Km ao centro da cidade, posição central na Área Metropolitana, facilmente articulável com o TGV, possibilidade de ligações fluviais, urbanisticamente controlável)?
· 16 - Qual é a explicação para que a articulação entre as duas infra-estruturas construídas de raiz (Aeroporto da Ota e Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto) obrigue a um transbordo de passageiros numa estação a 2 Km da aerogare?
· 17 - Porque é que se optou por uma localização para o aeroporto que implicará um traçado da Rede de Alta Velocidade com duas entradas distintas em Lisboa, cada uma delas avaliada num valor da ordem de mil milhões de euros (percurso Lisboa/Carregado e Terceira Travessia do Tejo), quando um aeroporto localizado na margem Sul funcionaria perfeitamente só com a nova ponte?
· 18 - Qual é o valor do sobre-custo do traçado da Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto na margem direita do Tejo, por oposição ao traçado pela margem esquerda, fazendo a travessia na zona de Santarém?
· 19 - Porque é que a ligação ao Porto de Sines será construída em bitola ibérica, quando bastava que o traçado da linha Lisboa-Madrid passasse a Sul da Serra de Monfurado (um aumento de apenas 8 Km) para que fosse viável a construção de um ramal de AV para Sines (e posteriormente para o Algarve) a partir de um nó a localizar em Santa Susana (concelho de Alcácer do Sal)?
· 20 - Na análise custo-benefício do investimento da Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto foi considerada a concorrência do Alfa Pendular (na actual Linha do Norte), o facto de o traçado não permitir o transporte de mercadorias e a necessidade de mudança de transporte para percorrer a distância das estações intermédias aos centro das respectivas cidades (Leiria, Coimbra, Aveiro)?
· 21 - Por último, em que relatório se encontra a recomendação da Ota como melhor localização para o novo aeroporto por comparação com as outras alternativas possíveis (Rio Frio, Base Aérea do Montijo, Campo de Tiro de Alcochete, Poceirão)?

quarta-feira, maio 09, 2007

Uma Carta para o arraial do barrete frígio , Manuerl Alves

Sob o título "Aos Republicanos", o historiador João Medina publicou hoje no Jornal de Letras, uma Carta que julgo deve merecer a atenção de todos os que, como eu, entendem que a Instituição Real é a que melhor pode servir na Suprema Magistratura de um Estado verdadeiramente republicano e português.
Pedindo perdão aos seus "compatriotas de barrete frígio", João Medina vem dizer "com franqueza e sem quaisquer intuitos de desafio ou provocação, a dois anos do centenário da data da implantação da I República", "em termos simples, cordatos e benévolos": "… não creio que valha a pena preparar, oficialmente, ou mesmo em meios académicos, a celebração dum mau defunto que foi esse regime de década e meia de vigência atarantada, e que, bem feitas as contas, teve nada menos do que 47 governos que a desgovernaram por trancos e barrancos (...) de atribuladíssima e caótica duração, com muitas bernardas castrenses de permeio, sedições várias, tumultos constantes e quase sempre mais ou menos sangrentos, de atropelos à legalidade e ditaduras disfarçadas ou às escancaras, sem falar da Ditadura das Urnas, com o 'partido democrático' do dr. Afonso Costa (aquele homem de Direito que foi uma vez ao Porto, em 1902, com uma soqueira, para agredir à traição o Sampaio Bruno), mais uma participação em tudo funesta e catastrófica nos conflitos europeu e africano, e, por fim, uma degola que nos privou da Liberdade, com certa lógica fatal depois de tanta bagunça, desassossego, insensatez política e falta de implementação mínima dum regime sério de Cidadania, Educação generalizada ou Progresso material, porquanto nem se educou o povo, nem se fez de cada português um cidadão livre, nem se melhorou a vida dos portugueses".
A concluir, João Medina lança aos correligionários algumas perguntas: "Em 2010 vamos, em suma, celebrar o quê? O começo dum erro imenso e desastroso para o país que somos? A nova versão da comédia offenbaquiana da monarquia constitucional, agora em versão sanguinolenta? (...) Não seria melhor, em vez de celebrarmos o 5 de Outubro, rezarmos-lhe um responso (laico) pela pobre alma penada que ele foi? Antes isso do que comemorar uma República sem republicanos, como a nossa é."
Fazemos nossas as palavras citadas do seu balanço da I República, mas acrescentamos ao desalento das suas interrogações finais: se o que é nefasto não se celebra, pode no entanto ser comemorado com a História diante dos olhos, como aliás o historiador, o ensaísta, e Professor Catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, acaba de fazer nos trechos que escolhi desta Carta. Como deixou escrito D. Jerónimo Osório, nas vésperas do nefasto 1580, "A História é proveitosa para adquirir prudência, poderosa para despertar virtudes, saudável para sanear as feridas da República".

terça-feira, maio 08, 2007

Bolsas FCT


PROGRAMA CMU ( Carnegie Mellon University ) – PORTUGAL
Information and Communication Technologies Institute
EDITAL
No âmbito do Programa CMU-Portugal, gerido pelo Information and Communication Technologies Institute, a FCT abre concurso para:
Bolsas de Doutoramento mistas, a decorrer em Portugal e na CMU (Carnegie Mellon University), no âmbito de programas de doutoramento conjuntos nas seguintes áreas:
Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Engenharia Informática/Ciência de Computadores
Tecnologia da Língua
Matemática
Mudança Tecnológica e Empreendedorismo
Engenharia e Política Publica
em temas especificados pelo Programa e divulgados no sítio da Internet, http://www.cmuportugal.org/.
Os programas de trabalho relativos às bolsas de Doutoramento, bem como os orientadores em Portugal e na CMU, serão definidos pelo Programa CMU-Portugal, pelo que se dispensa o candidato, no acto da candidatura, da apresentação do programa de trabalhos a desenvolver, do parecer do orientador e respectivo Curriculum Vitae , mas exige-se uma carta de motivação, na qual o candidato explicite as razões pelas quais pretende ingressar num destes programas doutorais e, em particular, os temas seleccionados. A bolsa só será concedida se o candidato demonstrar ter sido aceite pela CMU e por uma Universidade Portuguesa num dos programas de doutoramento.
Estas bolsas são concedidas, de acordo com o estabelecido no Estatuto do Bolseiro de Investigação (Lei nº 40/2004, de 18 de Agosto) e ao abrigo do Regulamento da Formação Avançada e Qualificação de Recursos Humanos da FCT (http://www.fct.mctes.pt/).
BOLSAS DE DOUTORAMENTO MISTAS
Estas bolsas destinam-se a licenciados ou mestres visando os temas especificados pelo Programa CMU-Portugal.
FINANCIAMENTO
As bolsas são financiadas por verbas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
PERÍODO DO CONCURSO
O concurso estará aberto em permanência a partir do dia 4 deMaio de 2007 até ao dia 15 de Julho de 2007, estando previstos dois ciclos de avaliação, em que o primeiro incidirá sobre as candidaturas lacradas até às 24 horas do dia 31 de Maio de 2007.
CANDIDATURAS
Podem candidatar-se a estas bolsas cidadãos nacionais e todos os portadores de título de residência em Portugal. Podem também candidatar-se cidadãos estrangeiros ou apátridas não residentes em Portugal, desde que a candidatura seja apoiada por instituições nacionais de acolhimento, signatárias do Acordo para a Cooperação Internacional em Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, celebrado com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Programa CMU-Portugal.
Aos candidatos a Bolsas de Doutoramento, que tenham tido idêntico tipo de bolsa no âmbito de outros programas da responsabilidade da FCT, é contado esse tempo para efeitos da duração máxima da bolsa.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem essencialmente em conta o mérito e a motivação do candidato. Os paineis de avaliação, apreciarão as candidaturas correspondentes, ponderando os elementos de apreciação e produzindo uma lista ordenada de candidatos.
REGULAMENTO
O regulamento está disponível na Internet, durante o período do concurso, em http://www.fct.mctes.pt/formacao.
ENTREGA DE CANDIDATURAS
As candidaturas devem ser submetidas electronicamente através dos sítios http://www.fct.mctes.pt/bolsas/concursos ou http://www.cmuportugal.org/, a partir do dia 4 de Maio de 2007.
Não são aceites candidaturas submetidas por outros meios .
Esta submissão deve ser acompanhada pelo envio dos certificados de habilitações e cartas de referência.
Esta documentação em papel deverá ser enviada por correio ou entregue em mão, num envelope fechado, endereçado a:
Programa CMU-Portugal a/c Drª Claudia OliveiraFundação para a Ciência e a TecnologiaAv. D. Carlos I, 126, 2º1249-074 LISBOA

Bolsas FCT

CONCURSO PARA A ATRIBUIÇÃO DE BOLSAS DE MESTRADO, DOUTORAMENTO E PÓS-DOUTORAMENTO
Com o intuito de promover a mobilidade de alunos de mestrado, doutoramento bem como de investigadores entre Portugal e os países da EEA/EFTA e com o objectivo de apoiar a investigação e a inovação e incrementar a existência de recursos humanos altamente qualificados em Portugal, a FCT abre concurso para a atribuição de bolsas de Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento nas áreas das Ciências Biológicas, do Mar, do Ambiente bem como da Saúde, até ao máximo de 12 bolsas.
CANDIDATOS
São elegíveis os investigadores bem como os alunos de mestrado e doutoramento que pretendam desenvolver os seus trabalhos de investigação numa instituição de acolhimento localizada num país pertencente à EEA/EFTA (Islândia, Liechtenstein ou Noruega) .
LEGISLAÇÃO
O presente concurso encontra-se abrangido pelo Estatuto do Bolseiro (Lei nº 40/2004, de 18 de Agosto) e pelo Regulamento da Formação Avançada de Recursos Humanos da FCT, que poderão ser consultados em http://www.fct.mctes.pt/pt/apoios/bolsas/regulamentos.
PERÍODO DE CONCURSO
O concurso está aberto no período de 23 de Abril a 8 de Junho de 2007. As candidaturas terão de ser lacradas até às 24 horas do dia 8 de Junho de 2007 e as bolsas poderão ter início a partir do dia 1 de Outubro de 2007. As candidaturas devem ser submetidas electronicamente em http://www.fct.mctes.pt/bolsas/concursos.
Não são aceites candidaturas submetidas por outros meios.
AVALIAÇÃO
A avaliação é efectuada por um Painel de Avaliadores independente nomeado sob proposta da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Serão tidos em conta os méritos do candidato e do plano de trabalho bem como das condições de acolhimento do bolseiro.

PETIÇÃO NACIONAL CONTRA A TRANSLADAÇÃO DE AQUILINO RIBEIRO PARA O PANTEÃO NACIONAL


Caros amigos,

Convido-vos A TODOS E A CADA UM, para assinarem a petição para mostrarmos todos a nossa indignação por Aquilino Ribeiro ser transladado para o Panteão Nacional:

- Quem quiser saber mais informações sobre Aquilino Ribeiro, consulte o site oficial do Fórum da Democracia Real, em: www.forum-democracia-real.org

- Para assinar a petição, basta clicar no seguinte link: http://www.petitiononline.com/aq2007/petition.html

Temos que reunir no mínimo 4000 assinaturas. Conto com todos vós!!!

Abraço a todos,

David Garcia
Presidente do FDR.

segunda-feira, maio 07, 2007

OTA: A Verdade Escondida na Heráldica


Vejo, no brasão da freguesia da Ota, uma preocupante premunição:

Bem ao centro e na diagonal, uma "pista" estende-se evidenciando os planos para um aeroporto, mas logo ladeada pelo grave aviso, no lado esquerdo, dos "terrenos pantanosos" que caracterizam a localização.

O resultado da "profecia"? Esse é indicado pelo "objecto voador" no canto superior direito que, qual "ave metálica" em pânico, se aproxima rápida e perigosamente na nossa direcção, por não ter onde aterrar.

Sobre as regras da estupidez sofisticada, por João César das Neves (DN 18/07/2005)

Há quem diga que ter um aeroporto no meio da cidade é um pouco estúpido. Mas, nos raros casos em que ele existe, destruí-lo e construir outro a dezenas de quilómetros é uma estupidez muitíssimo maior. Se alguém, por estar cheio de sede, partisse o copo exigindo um grande, seria muito idiota. Aquilo que é estúpido com copos, é muito mais estúpido com aeroportos.

A planeada construção do aeroporto da Ota é, sem dúvida, um monstruoso disparate. Mas ela possui uma característica muito particular, que a arruma numa classe bem especial de disparates. Trata-se de uma estupidez apoiada por vários estudos eruditos e muitas pessoas inteligentes e bem-intencionadas. Trata-se, portanto, de uma "estupidez sofisticada", daquelas que constituem a elite, não tão pequena quanto se pensa, do populoso conjunto da asneira.

Possuímos há muitos anos As leis fundamentais da estupidez humana, formuladas pelo grande historiador económico Carlo Cippola (editado em português em Allegro ma no troppo, Celta Editora, 1993). O autor define "Uma pessoa estúpida é uma pessoa que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que disso resulte alguma vantagem para si, ou podendo até vir a sofrer um prejuízo" ( op. cit. p. 60). Esta teoria, de grande actualidade, exige uma extensão importante.

Para além da estupidez natural, principal fonte da vasta burrice mundial, existem também actos estúpidos feitos por pessoas inteligentes e cultas. É aquilo a que podemos chamar a "estupidez sofisticada". Esta realidade é fácil de detectar nos vários campos da estultícia humana. Uma pessoa estúpida cai no "conto do vigário", mas é estupidez sofisticada cair numa bolha especulativa da Bolsa. Historicamente, temos estupidez natural em batalhas como Alcácer Quibir e Little Big Horn, e estupidez sofisticada na campanha da Rússia de Napoleão (a de Hitler cai no primeiro grupo) ou na recente guerra do Iraque. Na política actual há, por exemplo, pessoas estúpidas fazendo manifestações contra a globalização, condenando o que não entendem nem podem alterar. Mas existe estupidez sofisticada na PAC ou no lançamento da Constituição Europeia.

No nosso país, foi estupidez natural participar na I Guerra Mundial, e estupidez sofisticada tentar criar o "espaço económico português" do Minho a Timor. Se nos limitarmos ainda mais ao campo específico dos "elefantes brancos", detecta-se acção de pessoas estúpidas nos estádios do Euro 2004, e estupidez sofisticada em obras como o complexo de Sines, o Alqueva e agora a Ota e também o TGV.

Se a questão da estupidez natural está bem estudada, a estupidez sofisticada é muito mais complexa. Como podem tantos especialistas conceituados e bem-intencionados, tantas análises complexas e elaboradas resultar numa parvoíce tão evidente? Se o aeroporto da Portela está a ficar cheio, faz sentido adaptar um outro para o complementar, mas não substituí-lo, como se fosse um fósforo gasto.

Este caso permite ilustrar bem as regras que comandam a estupidez sofisticada, muito diferentes das da estupidez natural. Aqui, tal como nos exemplos referidos, alguns traços essenciais ressaltam claramente. Primeiro existe uma dose elevada de arrogância, a pior fraqueza dos especialistas. Depois há interesses instalados com grande poder de influência, que beneficiam muito com a decisão. Existe ainda, e sempre, um mito abstracto que suporta a estupidez. Neste caso, o sonho de que o aeroporto promova o crescimento do País, quando afinal só fará crescer a imigração. Finalmente, existe triunfo garantido para o ministro que anuncia o investimento, o qual estará longe quando o futuro revelar a dimensão do disparate.

Os nossos filhos vão enfurecer-se com a estupidez do aeroporto da Ota. Mas isso não é extraordinário. Hoje, os passageiros da Gare do Oriente, em Lisboa, gelam no Inverno e assam no Verão debaixo da belíssima estação criada pelo grande arquitecto Santiago Calatrava. Possuímos uma das mais elegantes e estúpidas estruturas de toda a Europa.

Um comentario do Sorumbático

... Joaquim Pina Moura, o conhecido político, lutador revolucionário,
opositor ao antigo regime, ministro das finanças, administrador de
multinacional, e que é agora o administrador da Média Capital (que
controla a maior estação de televisão portuguesa, a TVI) seria
certamente o rosto adequado.

De pouco adianta, falar sobre a verticalidade e a honestidade de tão
elevada pessoa, que nos corredores do Largo do Rato, é por muitos
acusado de ser capaz de vender a própria Mãe, se o preço for certo e
as condições adequadas.

De nada vale falar sobre a verticalidade intocável de Pina Moura (como
não vale a pena falar sobre a verticalidade dos irmãos metralha), nem
vale a pena falar sobre a sua profundidade intelectual, que é
equiparável à do Pato Donald.

Todos sabemos ao que vem Pina Moura, como outros que antes dele,
beneficiaram do dinheiro estrangeiro para facilitar a compra de
Portugal, o amolecimento das suas gentes, desde os escalões mais
baixos aos mais altos da administração pública.

Pina Moura, é evidentemente o homem dos espanhóis e quem tivesse
dúvidas, provavelmente já não as tem.

Manso, viscoso, bem falante, contemporizador e a tresandar a perfume
caro, para esconder o facto de não ter o hábito de tomar banho, Moura
é o tipico "portuga" seboso que pensa primeiro no bolso, e só depois
no resto, doa a quem doer e lixe-se quem se lixar. Moura, é o típico
Dantas de Eça de Queiroz, com a provável falta da brilhantina.

Se isso era evidente quando a multinacional espanhola Iberdrola o
contratou, para assim facilitar o seu acesso à organização comercial
de "loby" que tem sede no Largo do Rato em Lisboa, mais evidente é
agora, depois que os espanhóis convenceram Pais do Amaral (outra
Madalena, não arrependida) a entregar o controlo do grupo
Media-Capital, ao grupo maçonico-iberista «PRISA» cujos promotores
estão entre aqueles que pretendem criar a Grande Pátria Hispana,
agregando Portugal, como apêndice adicional, na política final de
conquista empreendida pelos espanhóis, desde que Franco iniciou a
chamada política de promoção da «Hispanidad » que tem como um dos seus
objectivos assassinar Portugal, transformando-o num apêndice da grande
Pátria Castelhana.

Durante muito tempo, os planos dessa corja de espanhóis que odeiam
Portugal, foram progredindo mais ou menos encapotados, porque o pudor
de alguns dos portugueses que colaboraram com a Máfia "Polanquina"
ainda os impedia de abertamente mostrar ao que vêm, demonstrando o seu
ódio por tudo o que é português.

Podemos afirmar que o fim do pudor, começa com José Saramago, cujo
prémio Nobel foi alegadamente comprado a peso de Ouro pelo grupo
PRISA. Saramago foi dos primeiros a perder a vergonha e a falar pela
voz do novo dono.

É do interesse da Patria Hispana, do grupo PRISA e dos Franquistas
espanhóis que se escondem no Partido Socialista espanhol (como muitos
salazaristas se esconderam no Partido Socialista em Portugal) que
sejam os próprios portugueses a criticar, a apoucar, a ridicularizar e
a humilhar o seu próprio país.

Como nos processos de destruição e Étnocício que a Patria Hispana
promoveu na Peninsula Ibérica, contra galegos, catalães e bascos, é
preciso que os portugueses tenham de si a pior imagem possível, como
acontece presentemente com a maioria dos galegos, que têm até vergonha
de dizer de onde vêm, e que se ridicularizam com anedotas, para serem
aceites pelos castelhanos.

Saramago, o comunista defensor confesso de ditaduras criminosas e
agente da censura em 1974/1975 enquanto ocupou funções de censor e
comissário político no Diário de Noticias, onde o seu lápis vermelho
assassinava as consciências que dele discordavam, começou a vomitar
aquilo que são as suas já tradicionais diatribes contra Portugal e
contra os portugueses, afirmando que o país está decadente, ou não
fosse ele próprio um sinal dessa decadência, um bolsa pútrida de pus
fétido, que brota da ilha de Lanzarote para nos sujar e conspurcar.

A última declaração de Saramago, afirmando que Portugal já não tem
razão de existir, é aliás demonstrativa disso.

Como Saramago, (embora a outro nível), o novo Cristovão de Moura, e
muitos outros, estão seduzidos pelas "Luces" da capital castelhana,
elevados temporariamente (e enquanto forem úteis) ao estatuto de
"astros" enquanto Portugal existir e lhes puder colocar problemas aos
seus planos xenófobos.

O grupo PRISA, continua a sua imparável subida para o poder absoluto,
controlando, chantageando jornalistas e utilizando todo o tipo de
pressões legítimas e ilegítimas para controlar a "sua" verdade,
especialmente na América Latina, onde a não existência de entidades
reguladoras fortes, permite ao grupo de Polanco, impor o seu Diktat.

Em Espanha, a pressão do grupo PRISA atingiu um nível tão elevado
mesmo sobre os seus próprios correligionários do PSOE da linha de
Zapatero, que segundo a imprensa daquele país, o actual primeiro
ministro se prepara para criar condições para o aparecimento de um
novo grupo de comunicação social também controlado pelo PSOE, mas que
seja menos poderoso, menos interventor e menos influente.

O controlo da TVI pelos espanhóis, porque Pina Moura não será –
exactamente como na Iberdrola - mais nada que um palhaço bem pago, é
uma (mais uma) machadada profunda em Portugal e na Ideia de Portugal.

A estação de TV, que nasceu cristã e acaba maçónica, mas que manterá a
sua característica principal.

A toda a hora, nos seus blocos de notícias, a TVI transmite e
transmitirá cada vez mais, peças a mostrar todos os problemas do país,
todos os nossos pobres, todos os nossos mendigos, todos os nossos
órfãos, todos e cada um deles terão pelo menos os seus 5 minutos de
fama e de audiência na TV da Pátria Hispana.

Mas a transmissão de notícias sobre todos os podres e todas as
desgraças - como se o país fosse apenas um mar de desgraças – será
entremeada por notícias sobre os grandes triunfos da Espanha, essa
grande nação, luz do Sol na terra, qual União Soviética para Alvaro
Cunhal. Essa Pátria comum de todos os Espanhóis – e os portugueses são
espanhóis por direito.

A seguir, como já tem acontecido, dá-se a entender que se fossemos
espanhóis, automaticamente desapareceriam as noticias sobre a miséria,
os podres portugueses, para imediatamente sermos todos ricos e
anafados, hablando la hermosa habla hispana.

Não importa se a Espanha também tem pessoas a morrer de fome pelas
ruas (como aconteceu há pouco na Galiza), não importa que os
portugueses sejam explorados como cães e tratados como animais de
carga pelas empresas espanholas, só porque são, E ESPECIALMENTE PORQUE
SÃO portugueses. Não importa que os espanhóis nos odeiem por razões
étnicas e históricas. Nada disso importa.

A TVI, fará os possíveis para nos fazer uma limpeza cerebral.

Para isso recorrerá a todos os meios, legais ou ilegais, morais ou
imorais, mostrará pedofilia e prostituição, inventará escândalos se
for necessário .

À sua frente, estará um novo Cristovão de Moura, um homem com "h" pequeno, e sem qualquer tipo de escrúpulos honradez ou moral. Por detrás está o dinheiro interminável do tenebroso grupo PRISA, do Franquismo disfarçado e do imperialismo da Pátria Castelhana. Uns e outros estão unidos por objectivo muito simples:

DESTRUIR A NOSSA CULTURA

VARRER PORTUGAL DO MAPA

APAGAR PORTUGAL DOS LIVROS DE HISTÓRIA

De: José Silva - "Onde está a economia?


Empresários em Portugal - Siga o link

Marcas a Norte ():

Marcas do Centro ():

Marcas da região de Lisboa ():

Adicionalmente:

  • - Moldes: Centrados em Leiria e Oliveira de Azemeis
  • - PT: Lisboa; PT Inovação: Aveiro
  • - Texteis Lar e tecidos técnicos: Norte
  • - Sonae Sierra- www.sonaesierra.com -Porto e Lisboa


JUVENTUDE, por Nuno Markl

Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste conclusão. A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta.

O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. "Quem? " , perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo?

A própria música: " Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche;

Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs;

Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares;

O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus;

O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos;

A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?);

O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual ...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul!!! ... Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.

Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção. Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo " Moleculum infanticus " , que não existiam antigamente.

No meu tempo, se um gajo dava um malho nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.

Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"... Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro.

Agora não falta nada aos putos. Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto.

Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta. Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o tóto que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.

Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele.

sábado, maio 05, 2007

Todos a embarcar!

Dia 16, Quarta-feira, 18h, Livraria Bulhosa, a Entrecampos, Lisboa
Lançamento do livro “Uma viagem…  no Creoula, até aos ‘picos’ dos Açores”

De Teresa Maria Gamito

Poetas na Surrealidade em Estremoz

Mais pormenores sobre o lançamento desta obra coordenada por Nicolau Saião, podem ser encontrados aqui.
Com uma cidade assim, tinham que ser surrealistas!

quinta-feira, maio 03, 2007

GAYS e CENTENÁRIO DA REPÚBLICA, por António Brotas

02/05/2007

A avaliar pela notícia publicada no DN, de 30 de Abril, sob o título : "Casamentos 'gay' para celebrar a República" sobre um pré-programa para celebração do centenário da República elaborado por um grupo presidido pelo Professor Vital Moreira, este ilustre constitucionalista aparentemente não percebeu que o casamento entre homosexuais não interessa unicamente aos homosexuais, mas sim a toda a comunidade, por mudar a natureza de um contrato em vigor, que esta na base da constituição das famílias, o casamento, que na sua essência é, e sempre foi, em todas as Civilizações, um contrato entre pessoas de sexos diferentes.

Convém que a legislação se adapte à evolução dos costumes e, possivelmente, é a altura dos deputados portugueses começarem a pensar na criação de um pacto entre pessoas de sexos diferentes ou do mesmo sexo que queiram viver em comum e queiram ter um estatuto reconhecido pela sociedade, como é o caso, por exemplo, dos PACSs em França, registados nas Mairies.

Se deputados partidários do casamento de homosexuais não se satisfizerem com este tipo de contrato, poderão sempre propor na Assembleia da República que se realize um referendo sobre o assunto. Têm toda a legitimidade para o fazer, sobretudo se tiverem indicado este seu propósito nos seus programas eleitorais antes de serem
eleitos. Se a sua proposta for aceite, o País decidirá.

A Assembleia da República existe para representar o Povo Português e legislar em seu nome e tem toda a legitimidade para o fazer sempre que estiver convicta de que interpreta a sua vontade profunda. Não será o caso se aprovar, como parece desejar o Professor Vital Moreira, uma lei que altera toda uma situação existente, evitando referendá-la, exactamente, por saber que a maioria da população muito provavelmente a rejeitaria.

Aprovar uma lei nestas condições, é um abuso.

E usar esta distorção da Democracia para comemorar a República, é um insulto aos que fizeram a República e a continuaram e souberam - mas com outros motivos - despertar esperanças e entusiamos do Povo Português, a que muitas vezes se seguiram periodos de recuos e desânimos.

E é uma cegueira política pretender com ela "dar um impulso para reformas legislativas e medidas políticas que completem aspectos inacabados do projecto republicano", por não ver que os recuos e os aspectos inacabados do projecto republicano que nos atingem a todos são outros, e que são outros os objectivos que nos podem mobilizar para ter novas esperanças e não um problema que tem evoluido e pode (e deve) dar passos em frente, mas não impondo alterações bruscas ao País sem o ouvir.

terça-feira, maio 01, 2007

A língua portuguesa vai mudar





A língua portuguesa vai mudar, para que seja escrito de uma única forma nos oito países que adotam este idioma: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi proposto em 1990. Cinco dos oitos paises membros da CPLP já tinham assinado o documento. Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe assinaram recentemente. Serão cerca de 40 mudanças, entre elas estão o alfabeto com 26 letras (atualmente são 23), com a inserção do “k”, “w” e “y”, e o fim do trema (permanece apenas em nomes próprios e derivados). O português é a terceira língua mais falada no mundo ocidental, por mais de 250 milhões de pessoas, atrás apenas do inglês e espanhol.
Assim que receberem as novas regras ortográficas, os ministérios da educação, academias de letras, editores e produtores de material didático iniciarão o processo de adequação do idioma. As mudanças acontecerão porque existem duas ortografias e isso dificulta a divulgação do idioma e a sua prática.
Com as modificações acertadas, calcula-se que a escrita no Brasil terá 0,45% de alteração. Em Portugal, estima-se uma mudança de 1,6% do vocabulário escrito. Apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.
Um dos maiores defensores da unificação da escrita da língua foi o filólogo Antônio Houaiss. Ele era o representante brasileiro nas negociações com Portugal sobre as alterações no idioma. Faleceu em 1999, sem conseguir ver o resultado do seu trabalho.
O português também é falado na antiga Índia portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadra e Nagar Haveli), além de ser uma das línguas oficiais da União Européia e do Mercosul.
(artigo jà escrito com as modificações A INTRODUZIR)