A propósito da notícia publicada hoje no Correio da Manhã, «Prestação aumenta 319 euros», recordei-me de (afinal não tão) velhas «guerras», em que defendíamos que era preferível recuperar em vez de construir, para arrendar em vez de comprar. E de que existe TANTA CASA SEM GENTE e TANTA GENTE SEM CASA. Passo a transcrever a notícia:
«A prestação mensal do crédito à habitação de 150 mil euros, a amortizar em 25 anos, era de 704,13 euros em Dezembro do ano passado, quando a taxa euribor a seis meses estava em 2,639 por cento. Essa prestação totaliza 1023 euros desde ontem, quando a taxa euribor a seis meses, a mais utilizada nos contratos de empréstimo para compra de casa, se fixou em 3,835 por cento. Ou seja: aumento de 319 euros.
As referidas verbas têm por base as simulações da DECO PROTESTE, que, na revista ‘Dinheiro & Direitos’, publicou estudos sobre o impacto do aumento das taxas de juro no crédito à habitação. Desde Dezembro de 2005 a euribor a seis meses progrediu 45,3 por cento. Recorde-se que no primeiro trimestre deste ano, quando o Banco Central Europeu já havia iniciado o ciclo ascendente da taxa de juro directora da Eurolândia, um especialista da DECO PROTESTE aconselhou a celebração de contratos de empréstimo para compra de casa indexados à taxa de juro euribor a um ano, a qual se fixou ontem em 4,003 por cento. Não que este prazo signifique menor custo, mas permite melhor planeamento a quem já está muito endividado.
Prevê-se que a taxa de juro euribor mantenha a tendência de aumento no próximo ano, de acordo com vários economistas. O INE – Instituto Nacional de Estatística disse ontem que “a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação se fixou, no mês passado, em 4,567 por cento, o que representa uma subida de 0,11 pontos percentuais relativamente a Outubro último”. Com a euribor a subir, os portugueses com crédito à habitação irão sofrer novos aumentos da prestação mensal a pagar ao banco. E nem o arredondamento à milésima alivia o encargo dos consumidores.
RESIDÊNCIAS - O total de crédito bancário concedido para a aquisição de residências totalizava 90,976 mil milhões de euros no mês passado. Comparando com Dezembro de 2005, o crescimento foi de 14,815 por cento.
CONSUMO - As instituições bancárias emprestaram um total de 23,143 mil milhões de euros no mês passado no âmbito do crédito ao consumo. Relativamente a Dezembro de 2005, o aumento foi de 12,54 por cento.
DÍVIDA - A média do capital em dívida, no total dos contratos de crédito habitacional, foi de 50 074 euros por contrato no mês passado. Em comparação com o mês anterior, houve uma subida de 202 euros, segundo o INE.»
2 comentários:
Que sucedeu a esta campanha TANTA CASA SEM GENTE e TANTA GENTE SEM CASA? Quem foi o génio que inventou o slogan ? Como explicar Santana Lopes cuja jóia da coroa é recuperar BAirro ALto e ao mesmo tempo mete túnel do MArquês a entupir com suburbanos ? esclareçam sff.
A Campanha foi para o caixote do lixo por culpa de uma pessoa que fugiu para a Bélgica e do seu sucessor (que tinha um colaborador a quem a Campanha iria prejudicar...)
O resto não se pode/deve explicar... Talvez um dia.
MAS... VAMOS RECUPERAR A CAMPANHA??????? SIGA!.....
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