quinta-feira, fevereiro 22, 2007

"Fim da Fronteira" e "Litoralização": o problema português



(Mapa Extraído de: www.qca.pt
Cooperação transfronteiriça)

SUMÁRIO : Promover o "fim da fronteira" como promoção do interior é incompatível com a "litoralização exclusiva" que é "o fim do país interior". Esta é uma maneira de ver o problema do ordenamento português


O processo transfronteiriço entre Portugal e Espanha começou pela multiplicação das interacções entre os dois lados. Evoluiu do aproveitamento unilateral e dos Fundos Comunitários disponíveis para a permeabilização da fronteira e, depois, para alguma gestão conjunta das intervenções.
Este “fim da fronteira” beneficiou mais as cidades médias espanholas próximas da fronteira dotadas de um maior potencial interactivo, do que cidades médias portuguesas das áreas fronteiriças. Assim se passou na fronteira do Minho (Vigo/Pontevedra em relação a Viana do Castelo ou Braga), em Trás-os-Montes
(Ourense e Chaves, Zamora/Léon e Bragança), na Beira (Salamanca em relação à Guarda e àCovilhã, e Plasência e Cáceres para Castelo Branco), no Alentejo (Cáceres e Portalegre) e no Algarve (Huelva e Sevilha em relação ao “grande Faro”).
Contudo, o incremento das trocas comerciais, da expansão do turismo e da cooperação técnica, científica e cultural no lado português melhorou as ligações entre pólos dos níveis mais baixos da rede de povoamento: pequenas cidades, vilas e aldeias que se aproximaram pela novas acessibilidades (rodovias e atravessamentos da fronteira).
Sucede que este processo é interceptado pela "litoralização. A intensa e desordenada ocupação do litoral - em indústrias, serviços e populações - criou pressões e alterações significativas que não estão articuladas ao nível nacional.

O CAUSAS voltará a este dilema que será tratado no 4º Encontro em Março

2 comentários:

Anónimo disse...

para que conste a ultima vez que isto aconteceu foi no seculo IX durante a s invasoes arabes...depois teve que vir o povoamento...primeiro com galegos e depois com homiciados...caveant consules

Anónimo disse...

É verdade! E é dramático! Este jogo de atirar para o litoral e fechar a fronteira com um prato de lentilhas é de uma falta de visão que roça a traição. A propósito de provérbios latinos, neste caso é Zeus prius dementat quos perdere vult!