quinta-feira, janeiro 04, 2007

D. Luís Marinheiro, no Milhas Náuticas


Saudando o Milhas NAuticas, repruoduz-se o post pela Causa do MAr.
Já que se fala de reis e do amor que tiveram pelo mar, vale também a pena lembrar aqui o “Rei Marinheiro”, D. Luiz I, por acaso o pai de D. Carlos (o amor pelo mar tinha que lhe vir de algum lado). D. Luiz foi por sua mãe, D. Maria II, consagrado ao mar - “do mar proviera o maior esplendor de glória que dourara as armas de Portugal” - e desde os 8 anos segue carreira na Marinha, dedicando-se aos assuntos marítimos com fervor. Percorre todos os passos até chegar a capitão de mar e guerra, quando ao fim de 15 anos no mar, estando ao comando da corveta Bartolomeu Dias, recebe a notícia que terá que abandonar o mar onde desejaria continuar a viver, para assumir o comando de outra nau bem mais difícil de governar: Portugal. * * *

6 comentários:

garina do mar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
garina do mar disse...

é interessante este livro... conta a vida de um Homem que trocou o Mar pelo seu País! e conta uma época importante da História de Portugal e da ligação de Portugal ao mar, como aliás outros livros dele!

um dos meus preferidos é o "do Minho ao Algarve" que também defende uma causa: "a Causa Portugal"!!

escorpiaotinhoso disse...

Um período assaz díficil esse da última viagem no comando da BARTOLOMEU DIAS. Deixar a irmã preferida (o Sol da família) na Bélgica e perder de seguid três dos augustos irmãos... "Ai meu pobre Pedro", terá dito o Cte da BARTOLOMEU DIAS ao ser informado de que era Rei...

Laurus nobilis disse...

D. Luis I, é realmente um Rei com um perfil interessante, sendo considerado um intelectual. Para além de todo o amor ao mar, que acabou por tranmitir ao seu filho, o futuro Rei D. Carlos I, traduziu para português grande parte da obra de Shakespeare. Dado que o seu reinado coincide com uma época de relativa acalmia a nível político, pôde dedicar-se a obras que em muito contribuiram para o progresso de Portugal, como o início das obras dos portos de Leixões e Lisboa, o alargamento de estradas e caminhos-de-ferro, a abolição da pena de morte para crimes civis, a abolição da escravatura em todas as colónias de Portugal, assim como a publicação do primeiro Código Civil. Ficou-lhe o cognome de "O Popular"!

garina do mar disse...

já agora, apesar de com a fuga de D. João VI para o Brasil, termos ficado sem frota, D. Luiz tratou de a reconstituir e em 1865 havia em serviço 35 navios, que incluiam 7 corvetas a vapor, 4 escunas a vapor, 1 canhoneira, 4 vapores de rodas, 1 nau, 1 fragata, 3 corvetas à vela, 1 brigue de guerra, 1 barca transporte, 2 brigues transportes, 1 escuna e 3 palhabotes (para mais informações ver obra referida)

mch disse...

Nâo houve "fuga" de D. João VI para o Brasil nem podia haver numa evacuação de 6000 pessoas e mais 9000 marinheiros. Chame-se "retirada estratégica" ao movimento que contribuiu para a derrota de NApoleão na Guerra peninsular e que iniciou o Brasil independente. O comandante rodrigues pereira publicou dois livros em 2004 e 2005 sobre " A marinha portuguesa na época de NApoleão" na colecção Batalhas de portugal em que ilustra isso