quinta-feira, fevereiro 21, 2008

QUE POLÍTICA PARA A LINGUA PORTUGUESA?

Por Maria de Fátima Biscaia
In "Democracia Virtual"

Comemora-se hoje, 21 de Fevereiro, o DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA, proclamado pela UNESCO em 1999, com o objectivo de assinalar a importância da diversidade linguística e de promover a utilização e o desenvolvimento das línguas maternas. http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID=41781&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html .
Este dia foi celebrado com eventos diversos, relacionados com o tema, em muitos países membros da UNESCO, nomeadamente em Angola e no Brasil. Em Portugal está a passar desapercebido. Percorri as páginas dos ministérios e dos organismos governamentais, as agências noticiosas, a imprensa diária. Encontrei notícia da celabração deste dia na Universidade do Minho, na Associação Social e Cultural de Almancil e na Escola Secundária Francisco Franco, na Madeira.
Num momento em que as questões linguísticas fazem parte integrante das estratégias de desenvolvimento económico, social e cultural, a nível nacional e a nível internacional, o governo português parece esquecido, arrefecido, alheio.
No entanto os destinos da lusofonia estão em rampa de lançamento, empurrados pelo Brasil e pelos países africanos ( que precisam de materiais didácticos para os seus urgentes programas de alfabetização). É neste contexto que surge de novo a questão controversa do Acordo Ortográfico pois aproxima-se o prazo em que devará ( deveria? ) entrar efectivamente em vigor. Para quem já não se lembre, recordo que este Acordo estabelece uma só norma ortográfica para o português europeu e para o português do Brasil, foi assinado em 1991 por todos os países da CPLP e foi imediatamente ratificado por Portugal, Brasil e Cabo Verde. http://www.necco.ca/faq_acordo_ortografico.htm
Mas desde há muito que que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deixou de ser uma questão tecnico-linguística para se tornar uma questão essencialmente política e geostratégica que condiciona a sobrevivência da lusofonia no contexto internacional das cada vez mais competitivas indústrias das línguas e das culturas.
O Acordo Ortográfico não interfere com a sintaxe nem com as variantes terminológicas. Antes pelo contrátrio, cada vez mais se justificará o desenvolvimento de bases de dados termimológicos que registem as variantes terminológicas de Portugal, do Brasil e todos os mais países de língua portuguesa. Esses instrumentos é que garantirão a comunicabilidade da língua. E em domínios científicos e técnicos são indispensáveis.
Existe muito trabalho já feito em áreas importantes para o desenvolvimento da Língua Portuguesa e até em domínios de ponta como o processamento computacioal da língua portuguesa. Alguns destes trabalhos estão dispersos ou retidos em instituições que estagnaram recentemente. Haverá alguém com capacidade para os aproveitar ?

3 comentários:

Anónimo disse...

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Klatuu o embuçado disse...

Meu caro Professor, grato lhe fico pelo interesse do comentário.

Quanto ao Acordo... estou a lê-lo com atenção, mas acho que foi mal negociado da nossa parte. Além disso, nunca concordei inteiramente com os motivos.

Na Nova Águia temos debatido... e até já ouve uma baixa... :)

Abraço!
Viva a Monarquia!

Anónimo disse...

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