Entre as muitas razões que explicam a vitória de Lula nas eleições de Outubro de 2006, está o desejo cumprido de alternância democrática depois de longos anos de arbítrio: Como disse Marcos Coimbra ”O PSDB teve os oito anos de FHC e fez pouco”.Além de alargar o espaço da democracia, a alternância com Lula tinha um sentido adicional: é uma alternância de classe no sistema. O Brasil mostrava a si mesmo que uma pessoa do povo, e não das velhas oligarquias, podia ser o número um.
Lula teve que lidar com um permanente questionamento de suas qualificações. Como em tentativas anteriores de chegar à presidência, sofreu a manipulação de preconceitos e estereótipos, que tornou tão extraordinário a sua eleição. Ao tentar desqualificá-lo no passado, parte da orgulhosa elite brasileira transformou-o em símbolo mais forte. Com Lula, venceram muitos outros, afirmando-se capazes de transcender as suas origens e superar as barreiras.
Após as eleições de 2002 houve uma mudança nas atitudes dos eleitores de classe popular, apontando para o aumento de auto-estima e da confiança de que o Brasil iria melhorar.. Então a alternância se faria completa, chegando à própria ação do governo: um governo diferente, com gente diferente, fazendo coisas diferentes. Ao eleger Lula, os seus eleitores contavam com uma demora que poderia ser longa, até que ele e sua turma se familiarizassem com o poder e suas artimanhas.
A maioria da população fazia uma comparação favorável do governo Lula com os antecessores. Em áreas de ação governamental, esperava-se mais, em outras menos, mas as boas surpresas (macroeconomia, política externa) sempre foram maiores que as negativas (saúde, emprego, segurança). Não houve a crise cambial de 1999, o apagão de 2001 ou o desequilíbrio de 2002.
Para melhorar as condições de vida dos mais pobres, Lula fez até mais que muitos esperavam. O Bolsa Família é o símbolo desse compromisso, tal como os programas como o Pro-Uni, o Luz para Todos. Houve aumento do poder de compra, aumento do salário real, barateamento de produtos de consumo.
Quanto ao “mensalão, não foi capaz de matar a candidatura Lula. Aparte a frustração de muitos “formadores de opinião”, incapazes de formar qualquer opinião, o eleitorado percebia a gravidade das denúncias. Mas o eleitorado fez a ponderação de acertos e erros, chegando à conclusão que os primeiros foram maiores que os segundos, Mandar Lula de volta para casa, seria um golpe grande demais para seus eleitores. A derrota de Lula seria a admissão que não há saída fora das oligarquias.
Ainda bem que Lula ganhou, em nome da Comunidade de Nações sul- Americana, Desde Cuzco 2005 que ela existia, e a Mercosul é o seu eixo e o seu destino. Se Alckmin tivesse ganho, seria o robot da desregulemantção em nome dos interesses norte-americanos. O eleitorado braisleiro percebeu tudo isso e deu vitória esmagadora a Lula. Hão-de aparecer os intelectuais frustrados a dizer que ele beberrica e só tem o 6º ano. Pois é! Mas os intelectuais que não beberricam e são doutores é que não chegam a número 1 da governaçãoFinalmente, para nós, Portugueses, falta agora que Lula descubra mais a Lusofonia. Já o começou a fazer criando o dia da Língua Portuguesa e o respectivo Museu. Agora é preciso que descubra mais Portugal.
Lula teve que lidar com um permanente questionamento de suas qualificações. Como em tentativas anteriores de chegar à presidência, sofreu a manipulação de preconceitos e estereótipos, que tornou tão extraordinário a sua eleição. Ao tentar desqualificá-lo no passado, parte da orgulhosa elite brasileira transformou-o em símbolo mais forte. Com Lula, venceram muitos outros, afirmando-se capazes de transcender as suas origens e superar as barreiras.
Após as eleições de 2002 houve uma mudança nas atitudes dos eleitores de classe popular, apontando para o aumento de auto-estima e da confiança de que o Brasil iria melhorar.. Então a alternância se faria completa, chegando à própria ação do governo: um governo diferente, com gente diferente, fazendo coisas diferentes. Ao eleger Lula, os seus eleitores contavam com uma demora que poderia ser longa, até que ele e sua turma se familiarizassem com o poder e suas artimanhas.
A maioria da população fazia uma comparação favorável do governo Lula com os antecessores. Em áreas de ação governamental, esperava-se mais, em outras menos, mas as boas surpresas (macroeconomia, política externa) sempre foram maiores que as negativas (saúde, emprego, segurança). Não houve a crise cambial de 1999, o apagão de 2001 ou o desequilíbrio de 2002.
Para melhorar as condições de vida dos mais pobres, Lula fez até mais que muitos esperavam. O Bolsa Família é o símbolo desse compromisso, tal como os programas como o Pro-Uni, o Luz para Todos. Houve aumento do poder de compra, aumento do salário real, barateamento de produtos de consumo.
Quanto ao “mensalão, não foi capaz de matar a candidatura Lula. Aparte a frustração de muitos “formadores de opinião”, incapazes de formar qualquer opinião, o eleitorado percebia a gravidade das denúncias. Mas o eleitorado fez a ponderação de acertos e erros, chegando à conclusão que os primeiros foram maiores que os segundos, Mandar Lula de volta para casa, seria um golpe grande demais para seus eleitores. A derrota de Lula seria a admissão que não há saída fora das oligarquias.
Ainda bem que Lula ganhou, em nome da Comunidade de Nações sul- Americana, Desde Cuzco 2005 que ela existia, e a Mercosul é o seu eixo e o seu destino. Se Alckmin tivesse ganho, seria o robot da desregulemantção em nome dos interesses norte-americanos. O eleitorado braisleiro percebeu tudo isso e deu vitória esmagadora a Lula. Hão-de aparecer os intelectuais frustrados a dizer que ele beberrica e só tem o 6º ano. Pois é! Mas os intelectuais que não beberricam e são doutores é que não chegam a número 1 da governaçãoFinalmente, para nós, Portugueses, falta agora que Lula descubra mais a Lusofonia. Já o começou a fazer criando o dia da Língua Portuguesa e o respectivo Museu. Agora é preciso que descubra mais Portugal.
3 comentários:
Isto é tudo do Sr. Coimbra?? Ou só o que está entre " "??
Como é que se vai explicar o empate anterior?
Análise extraordinária do momento brasileiro! Nada como coisas destas para desenferrujar a estúpida direita portuguesa que gosta de se pôr de cócoras pernate os americanos...
O post é meu e como observador informado uso Marcos Coimbra, um dos mais lúcidos analistas brASILEIROS. PENA SER POUCO CONHECIDO CÁ NA TERRA, como parece revelar o post anónimo nº1 . Não se percebe a que se refere o empate anterior"...mas também tem pouca importância...
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