sexta-feira, dezembro 01, 2006

D. Afonso estreou-se ontém no Jantar dos Conjurados




Ao entregar ao jovem D. Afonso de Santa Maria de Bragança uma luva de esgrima, o presidente da Juventude Monárquica da Real Associação de Lisboa, Joel Moedas-Miguel, simbolizava a disponibilidade de os jovens "mosqueteiros" defenderem, de acordo com o espírito de cavalaria, o filho primogénito do chefe da Casa de Bragança.

Aos dez anos de idade, o filho primeiro de Dom Duarte Pio - que seria o legítimo ocupante do trono, se Portugal não fosse uma República há quase um século - iniciou ontem, no meio do escol monárquico e entre os acordes do hino da Carta, o seu exercício de funções protocolares ao serviço da Causa Real.

D. Duarte Pio, na sua habitual mensagem de 1.º de Dezembro, lembrava que também ele começou a acompanhar o seu pai com aquela idade, e terá ouvido de D. Duarte Nuno uma expressão que pretende transmitir aos seus filhos: "Não sou monárquico por ser príncipe, sou monárquico por convicção." No discurso, referindo-se à sondagem sobre uma possível união ibérica, D. Duarte lamentou que "alguns espíritos mais desesperados" se tivessem manifestado favoravelmente a essa hipótese.

A estreia do infante teve lugar no tradicional Jantar dos Conjurados, num restaurante em Carcavelos, com que a Causa Real assinala o histórico encontro conspirativo de João Pinto Ribeiro e dos seus 40 companheiros de armas que, em 1640, invadiram o palácio da duquesa de Mântua, representante do poder filipino espanhol em Lisboa, defenestraram de uma janela o traidor Miguel de Vasconcelos e proclamaram rei de Portugal, entre "vivas!" à liberdade, D. João IV.

"A data mais simbólica da unidade nacional", sublinhava D. Duarte, antes de receber, ladeado por Isabel de Herédia, o filho e o seu irmão D. Henrique, os cumprimentos das reais associações portuguesas, de ex-líderes do PPM, como Gonçalo Ribeiro Telles e Pignatelli Queirós, de brasonados como os representantes da casa Van Uden ou os condes de Estarreja ou de Portugal e Faria, e ainda o cientista Carvalho Rodrigues ou o líder do PND, Manuel Monteiro.

Fonte: Diário de Notícias

3 comentários:

Paulo Selão disse...

É bom saber que um dos mais prestigiados e conhecidos cientistas portugueses esteve presente no tradicional jantar do conjurados. Será ele defensor da restauração da Monarquia? Por estar presente...
Quanto a Manuel Monteiro, líder da Nova Democracia é que estou surpreendido pois há algum tempo este (e o seu novo partido) defendeu o presidencialismo, à semelhança dos EUA, para Portugal como forma de acabar com a crise das instituições nunca pondo em tempo algum a possibilidade da restauração da Monarquia. Será que mudou de ideias e ache que Portugal só contornará a crise se recuperar a sua alma e genuinidade das suas instiuições que lhe vêm desde a sua génese, desde a sua fundação, desde os alvores da nacionalidade ao invés de adoptar um sistema que lhe estranho e alheio e que não seria certamente bem recebido (lembremo-nos de Sidónio Pais e a sua República Nova)?

Anónimo disse...

Pronto! Assim já está melhor! Viva Portugal!

Al Cardoso disse...

Daqui deste "blog", monarquico por conviccao, os meus parabens ao infante D. Afonso e a todos os portugueses, neste inicio de Dezembro em que se celebra a restauracao da nossa independencia e a festa da padroeira "rainha" de Portugal: Senhora da Conceicao.